13 de novembro de 2011

Yoga

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Ás 5h45min o despertador tocou. Eu tinha quinze minutos para me arrumar, deixar o quarto, atravessar o jardim e chegar à sala de vidro para a minha primeira aula de yoga.

Pensei nas inúmeras vezes em que tive vontade de fazer isso, mas fui desencorajada pelo horário, pelo clima, pela distância, pela falta de incentivo, mas por sorte eu não tinha muito tempo para “matutar” essas coisas! O importante é que naquele dia eu fui!

A sala de vidro ficava no meio da mata e para onde quer que meus olhos se voltassem eu só podia ver as árvores e o céu. A música ambiente era o vento, o movimento das folhas, os galhos roçando as paredes de vidro, o canto dos pássaros e a nossa respiração, a minha e a do Horizonte* – meu instrutor.

Iniciamos com o Jala Neti (uma técnica de purificação das vias respiratórias, que consiste em lavar as narinas com água morna e sal), fizemos alguns exercícios de Pranayama (técnicas respiratórias) e depois os Asanas (posturas/posições). Embora meu instrutor, com o objetivo de me incentivar, tenha sido muito gentil dizendo que fui bem para uma iniciante, eu senti clara e doloridamente as limitações do meu corpo.

Após cinqüenta minutos de aula, uma doce surpresa: meus ouvidos e minha alma foram agraciados pelo mantra mais lindo que eu já ouvi em toda a minha vida, entoado pelo próprio Horizonte em harmonia com os sons da natureza. Emocionei-me! Aos 35 anos, aquele canto me despertava para a realidade de que meu corpo é um templo sagrado de Deus que precisa ser cuidado urgentemente para honrar tudo de bom e de belo que habita em mim!

Conservando o silêncio – regra do local – seguimos para a sala de meditação onde estavam as outras pessoas. Lá eu descobri o êxtase de meditar em jejum e logo após a prática de yoga! Inesquecível vivência!

Após o desjejum, o silêncio foi quebrado e minhas atividades junto ao Horizonte seguiram, sem coincidências... Passamos a manhã toda retirando as ervas daninhas do jardim, rastelando, recolhendo as folhas, passeando pela horta, colhendo ervas para os chás, conversando sobre Yoga e sobre o significado e a responsabilidade de ser um verdadeiro yogin (praticante avançado).

No dia seguinte, o mesmo ritual aconteceu e com a mesma magia...

Na hora de vir embora, Horizonte me presenteou com uma muda de mirra plantada num vasinho, outra agradável surpresa!

Hoje, o despertador bem-acostumado tocou ás 5h45min, mas o Horizonte estava longe... Levantei-me, enviei raios e raios de luz rosa para ele, agüei a mudinha de mirra e também a sementinha do yoga que ele plantou no meu coração, fazendo a série que ele me ensinou e em seguida meditei, em sintonia com o que ele estava fazendo lá em Nazaré.

Tenho certeza de que tudo o que nós plantamos nos últimos dias irá brotar e florescer!

Com essa experiência concluí que nessa vida há mesmo um tempo certo para tudo, que não é o meu tempo e nem o tempo escolhido por ninguém, é o tempo de Deus. Houve um tempo em que o Yoga foi trazido para dentro de minha casa, eu dormia e acordava em contato com o tema, mas de nada adiantava, pois ele não havia sido trazido para dentro do meu coração e assim é com tudo o que há no mundo!

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