16 de novembro de 2011

Sônia Café

13 de novembro de 2011

Yoga

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Ás 5h45min o despertador tocou. Eu tinha quinze minutos para me arrumar, deixar o quarto, atravessar o jardim e chegar à sala de vidro para a minha primeira aula de yoga.

Pensei nas inúmeras vezes em que tive vontade de fazer isso, mas fui desencorajada pelo horário, pelo clima, pela distância, pela falta de incentivo, mas por sorte eu não tinha muito tempo para “matutar” essas coisas! O importante é que naquele dia eu fui!

A sala de vidro ficava no meio da mata e para onde quer que meus olhos se voltassem eu só podia ver as árvores e o céu. A música ambiente era o vento, o movimento das folhas, os galhos roçando as paredes de vidro, o canto dos pássaros e a nossa respiração, a minha e a do Horizonte* – meu instrutor.

Iniciamos com o Jala Neti (uma técnica de purificação das vias respiratórias, que consiste em lavar as narinas com água morna e sal), fizemos alguns exercícios de Pranayama (técnicas respiratórias) e depois os Asanas (posturas/posições). Embora meu instrutor, com o objetivo de me incentivar, tenha sido muito gentil dizendo que fui bem para uma iniciante, eu senti clara e doloridamente as limitações do meu corpo.

Após cinqüenta minutos de aula, uma doce surpresa: meus ouvidos e minha alma foram agraciados pelo mantra mais lindo que eu já ouvi em toda a minha vida, entoado pelo próprio Horizonte em harmonia com os sons da natureza. Emocionei-me! Aos 35 anos, aquele canto me despertava para a realidade de que meu corpo é um templo sagrado de Deus que precisa ser cuidado urgentemente para honrar tudo de bom e de belo que habita em mim!

Conservando o silêncio – regra do local – seguimos para a sala de meditação onde estavam as outras pessoas. Lá eu descobri o êxtase de meditar em jejum e logo após a prática de yoga! Inesquecível vivência!

Após o desjejum, o silêncio foi quebrado e minhas atividades junto ao Horizonte seguiram, sem coincidências... Passamos a manhã toda retirando as ervas daninhas do jardim, rastelando, recolhendo as folhas, passeando pela horta, colhendo ervas para os chás, conversando sobre Yoga e sobre o significado e a responsabilidade de ser um verdadeiro yogin (praticante avançado).

No dia seguinte, o mesmo ritual aconteceu e com a mesma magia...

Na hora de vir embora, Horizonte me presenteou com uma muda de mirra plantada num vasinho, outra agradável surpresa!

Hoje, o despertador bem-acostumado tocou ás 5h45min, mas o Horizonte estava longe... Levantei-me, enviei raios e raios de luz rosa para ele, agüei a mudinha de mirra e também a sementinha do yoga que ele plantou no meu coração, fazendo a série que ele me ensinou e em seguida meditei, em sintonia com o que ele estava fazendo lá em Nazaré.

Tenho certeza de que tudo o que nós plantamos nos últimos dias irá brotar e florescer!

Com essa experiência concluí que nessa vida há mesmo um tempo certo para tudo, que não é o meu tempo e nem o tempo escolhido por ninguém, é o tempo de Deus. Houve um tempo em que o Yoga foi trazido para dentro de minha casa, eu dormia e acordava em contato com o tema, mas de nada adiantava, pois ele não havia sido trazido para dentro do meu coração e assim é com tudo o que há no mundo!

8 de novembro de 2011

Pai Nosso - Espiritualista

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Pai nosso que estais nos céus, nas matas, nos mares e em todos mundos habitados; santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.
Que o teu reino do bem, do amor, e da fraternidade, nos una a todos e a tudo que criaste, em torno da sagrada cruz, aos pés do Divino Salvador e Redentor.
Que a tua vontade nos conduza sempre para o culto do amor e da caridade.
Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes.
Dai-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.
Perdoa, se merecermos, as nossas faltas e dá o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendam.
Não nos deixeis sucumbir ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
Enviai Pai, um raio da tua divina complacência, luz e misericórdia para os teus filhos pecadores que aqui lutam pelo bem da humanidade.
Que Assim Seja.

7 de novembro de 2011

TPM

Já trabalhei como secretária em uma multinacional, já fui micro-empresária e tive alguns sócios. Também trabalhei em pequenas empresas e escritórios. Atuei como consultora pessoal e executiva (profissão conhecida hoje como “coach”). Fui artesã, presidente de cooperativa, voluntária em projetos sociais, colunista em jornais e revistas da região e até “Amélia”, nos períodos logo após o nascimento das minhas filhas. E tudo isso sem contar os cursos superiores que eu comecei, mas não concluí.

Quando cuidava integralmente da família e da casa, a única coisa que eu queria como “recompensa” é que minhas meninas não chorassem tanto, tivessem saúde e fossem crianças felizes (aliás, quem pensa que os pais esperam outras coisas de seus filhos está completamente enganado). Do pai delas, esperava somente que trouxesse algo gostoso para o jantar.

No trabalho fora de casa, sempre fui muito competente e responsável, mas o meu bem-estar e o das pessoas que passavam suas horas, seus dias, compartilhando um trecho de suas vidas comigo era o foco principal. Para mim, trabalhar sempre foi muito mais do que desenvolver tarefas para no final do mês receber um salário. Nunca vi sentido em violentar meus princípios para manter emprego, ter status, galgar posições a fim de alcançar sucesso profissional e financeiro.

A possibilidade de viver uma vida cada vez mais simples e mais feliz sempre foi uma aspiração enigmática para mim. Jamais compreendi as pessoas que passam a vida “atropelando” outras e juntando coisas para, um dia, deixar tudo.

Então, enquanto o ambiente estava harmônico e eu ganhava o suficiente para viver bem – de acordo com o meu conceito de viver bem, é claro – eu permanecia feliz naquela profissão. Quando sentia que a minha qualidade de vida estava diminuindo, que o clima estava ficando cinza a ponto d’eu não conseguir me alegrar com as coisas corriqueiras do dia-a-dia, eu “pulava fora” e começava tudo outra vez, num outro lugar... Sempre engatilhando uma atividade na outra, sem férias, sem intervalo, sem pausa para respirar, sem nada! O mesmo aconteceu com a faculdade e com os relacionamentos após a separação...

Acabei me fartando dessa coisa de ser multitarefa ou, no linguajar popular, “pau pra toda obra”; de nunca ter tempo SÓ para mim! Foi então que eu acabei fazendo o que muita gente tem vontade de fazer, mas não faz: parei a roda da loucura! E estou fazendo sabe o que agora? Nada! Isso mesmo: na-da! Estou “vivendo de brisa” – como diz minha mãe. Alguns chamam isso de reforma íntima, outros de período sabático. Eu chamo de TPM mesmo porque pode significar tanto Tempo Para Mim quanto Tempo Para Mudar, ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Hoje, passo mais tempo com as minhas filhas, dedico-me a estudar e a pesquisar temas do meu interesse, busco o autoconhecimento, cuido da minha espiritualidade, revejo valores, corto excessos e exercito (ainda mais) o desapego. É desafiador e apaixonante descobrir meu próprio mundo e constatar o quanto eu sou diferente do ideal que nos é oferecido diariamente nas mídias, através da fast form – modelos de vida prontos para apenas absorvermos, sem questionar.

A idéia de viver um ano sabático como o da Liz Gilbert – escritora do livro Comer, Rezar, Amar – ao som do Eddie Vedder passou pela minha cabeça, mas depois de analisar tudo direitinho (principalmente o bolso) concluí que não irei para muito longe (não nesse momento), pois o contato que eu preciso ter com o meu interior, em busca das ferramentas que irão me proporcionar à vida simples e feliz que eu sempre sonhei, não requer longas distâncias e nem belas paisagens fora de mim; mas vou sair do circuito da cidade grande por uns dias para recarregar minhas energias junto á Mãe Natureza.

Não espero que as pessoas concordem comigo. Eu sei o quanto sair da zona de conforto e mudar é difícil. Não conto isso! No entanto, se alguém parar um minutinho, após ler esse texto, para refletir se a forma como está vivendo condiz mesmo com a sua essência, com os seus sonhos e com o plano de vida que lhe foi confiado, o meu compartilhar já terá valido a pena!

6 de novembro de 2011

Não banalize o Amor.

3 de novembro de 2011

Amor e Equilíbrio



Frase do livro homônimo e autobiográfico de Elizabeth Gilbert: Comer, Rezar, Amar

Felicidade

Ramis é o tipo de homem que chama a atenção onde quer que vá, não somente pelo porte físico atlético ou pela beleza que chega a encher os olhos, mas principalmente pela maneira gentil, educada e respeitosa com que se dirige ás pessoas.

Há três anos, sua esposa faleceu ao dar á luz ao lindo João Pedro. Desde então, ele cuida do menino com a ajuda dos seus pais.

Ontem, sentindo que eu estava um pouco triste, enviou-me o clipe Felicidade do Marcelo Jeneci.


Ramis conhece o significado de cada verso dessa canção e autorizou a publicação do seu nome nesse post, embora eu tivesse dito que poderia não citar.


Elaine Rosário prometeu comprar uma sombrinha violeta e uma galocha verde para dançar na próxima chuva que vier.