29 de junho de 2011

♥ POEMA DO INDÍGENA ♥


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Não me interessa o que você faz para viver.
Eu quero saber o que de fato você busca e se você é capaz de ousar sonhar em encontrar as aspirações de seu coração.
Não me interessa sua idade.
Eu quero saber se você será capaz de se transformar num tolo para poder amar, viver os seus sonhos e aventurar-se de estar vivo.
Não me interessa qual é o planeta que está em quadratura com a sua Lua.
Eu quero saber se você tocou o centro da sua própria tristeza, se você tem sido exposto pelas traições da vida ou se você tem se contorcido e se fechado com medo da próxima dor.
Eu quero saber se você é capaz de se sentar com a dor; a sua e a minha, sem tentar escondê-la, diminuí-la, ou "melhorá-la".
Eu quero saber se você é capaz de ficar com a alegria, a minha e a sua.
Se você é capaz de dançar loucamente e deixar que o êxtase te envolva até a ponta dos dedos dos pés e das mãos, sem querer nos aconselhar a sermos mais cuidadosos, mais realistas ou nos lembrar das limitações de ser humano.
Não me interessa se a história que você está me contando é verdadeira.
Eu quero saber se você é capaz de desapontar o outro para ser verdadeiro consigo mesmo; se você é capaz de suportar a acusação e a traição e não trair a sua própria alma.
Eu quero saber se você pode ser confiável e verdadeiro.
Eu quero saber se você pode ver a beleza; mesmo quando o dia não está belo e se você pode conectar a sua vida através da presença de Deus.
Eu quero saber se você pode conviver com os fracassos, o teu e o meu. E mesmo assim se postar às margens de um lago e gritar para o reflexo da Lua.
Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro você ganha, eu quero saber se você é capaz de acordar depois da noite do luto e do desespero, exausto e machucado até à alma, e fazer aquilo que precisa ser feito.
Não me interessa o que você é, ou como você chegou aqui.
Eu quero saber o que te sustenta interiormente quando tudo o mais desabou.
Eu quero saber se quando não houver ninguém para acompanhá-lo, você é capaz de ficar só consigo mesmo e se você realmente é boa companhia para si mesmo nos momentos vazios.
(de Oriah, Ancião Indígena).

Um comentário:

Anônimo disse...

interesssante essse poema

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